Entenda o que são antioxidantes e como eles podem garantir uma alimentação mais segura aos animais.

O que são antioxidantes?

Os antioxidantes são substâncias utilizadas para preservar os alimentos da oxidação, ou seja, impedem a deterioração dos ingredientes quando em contato com o oxigênio, sendo a oxidação lipídica a mais comum em alimentos para cães e gatos. Esses aditivos são permitidos pela legislação, que proíbe a utilização de qualquer tipo de ingrediente que possa comprometer a saúde dos animas e das pessoas.

Existem antioxidantes encontrados na natureza e antioxidantes sintéticos, que são produzidos pelo homem. Dentre os naturais podemos citar os tocoferóis (vitamina E) e o ácido ascórbico (vitamina C). Já os sintéticos mais comuns são os compostos fenólicos, como por exemplo BHA (hidroxianisol butilado) e BHT (hidroxitolueno butilado). Tanto os naturais quanto os sintéticos são seguros para utilização na alimentação humana e pet food.

Quais os riscos da não utilização dos antioxidantes para a saúde dos animais?

oxidação lipídica acontece quando o alimento está exposto a altas temperaturas, umidade e pressão, o que faz com que o oxigênio ataque as moléculas de gordura presentes nos alimentos. Essa oxidação lipídica pode gerar produtos tóxicos para o organismo, que por sua vez podem causar intoxicação nos animais, além de prejudicar o sabor, aroma, cor e textura dos alimentos. Os prejuízos da oxidação lipídica não acabam por aí: podemos citar também a perda parcial das vitaminas lipossolúveis, co-oxidação da vitamina C, formação de fatores anti-nutricionais, destruição parcial de ácidos graxos essenciais e produção de nitrosaminas potencialmente cancerígenas.

Os sinais clínicos de intoxicação pelo uso indevido ou subutilização de antioxidantes são: irritação da mucosa intestinal, diarreia, degeneração hepática, morte celular, aterosclerose, diabetes, anemia hemolítica, inflamação e mutagênese.

Os sintomas de intoxicação por oxidação lipídica são bastante inespecíficos, fazendo com que haja uma dificuldade em encontrar a causa de base, portanto é sempre recomendado utilizar somente produtos e alimentos que possuem certificação de qualidade perante os órgãos competentes.

Para evitar que tudo isso aconteça, a adição de antioxidantes é de extrema importância para que um alimento seja seguro e saudável para o consumo. A inclusão antioxidantes no produto impede que as moléculas de gordura sejam atacadas, e preserva a qualidade e sabor do alimento até sua data de validade.

Como os antioxidantes atuam?

Os antioxidantes podem agir de diferentes maneiras para evitar a rancificação dos ingredientes. Eles podem ser classificados em: primários, sinergistas, removedores de oxigênio, biológicos, agentes quelantes e antioxidantes mistos.

Os primários fazem a remoção e inativação dos radicais livres que aparecem após a primeira reação de oxidação, e podem ser sintéticos (BHA e BHT) ou naturais (tocoferóis). Já os sinergistas possuem pouca capacidade antioxidante, e sua função consiste em aumentar a ação de antioxidantes primários quando associados corretamente.

Os removedores de oxigênio atuam sequestrando o oxigênio da embalagem do produto, fazendo com que fique impossibilitado de reagir com a gordura. O ácido ascórbico é um exemplo desse tipo de antioxidante utilizado na indústria pet food.

Os antioxidantes biológicos são algumas enzimas já presentes na composição que possuem capacidade de remover o oxigênio ou compostos reativos do produto. Já os agentes quelantes são íons que possuem ação catalisadora da ação lipídica, e podem ser principalmente o cobre e ferro já presentes na formulação.

Por fim, os antioxidantes mistos são compostos de plantas e animais, que podem ser proteínas, flavanóides e derivados do ácido caféico.

A ação dos antioxidantes depende da sua classificação, mas basicamente eles podem atuar de duas maneiras. A primeira é no início da reação de oxidação, onde o antioxidante vai evitar a formação de radicais livres, protegendo os ingredientes de serem atacados pelo oxigênio. A segunda forma de atuação seria após a oxidação lipídica, onde o antioxidante teria papel de limpar as toxinas produzidas pela rancificação.

Legislação

A legislação vigente permite somente a utilização de antioxidantes que passaram por diversos testes e estudos ao longo dos anos, e todos os rótulos devem sinalizar a sua adição.

Para que um antioxidante seja utilizado na alimentação de cães e gatos, é necessário cumprir as seguintes regras do Ministério da Saúde:

  • Não pode ser danoso à saúde de seres humanos e animais;
  • Deve ser eficaz em baixas doses;
  • Deve ser eficiente na preservação dos nutrientes susceptíveis à oxidação lipídica;               

A utilização de antioxidantes na alimentação de cães e gatos é uma prática segura e permitida pelo Ministério da Saúde, que consiste na adição de substâncias capazes de proteger o aroma, sabor, cor e qualidade dos alimentos na indústria pet food. A não utilização de antioxidantes pode causar malefícios à saúde dos animais, bem como casos de intoxicação por oxidação lipídica.

Procure sempre oferecer aos pets um alimento seguro, que possua selos de garantia de boas práticas de fabricação e segurança alimentar. Lembre-se sempre: todo alimento deve ser mantido em local arejado, longe do calor ou da umidade, sempre fechado em sua embalagem original. Em casos de presenciar algum dos sintomas relatados, procure sempre um médico-veterinário.