Os suplementos são conhecidos na nutrição humana como forma de reforçar a alimentação, normalmente visando um objetivo como definição ou melhora do sistema imunológico. A humanização dos pets trouxe adeptos à tendência no mundo animal, porém não são todos os casos que devem receber esse tipo de suplementação na dieta.

Por definição, um suplemento é uma mistura composta por ingredientes ou aditivos, que deve ser oferecida diretamente aos animais para melhorar o balanço nutricional. Cães e gatos podem se beneficiar do seu uso, principalmente por existirem no mercado pet suplementos destinados a fases fisiológicas específicas, ao tipo de dieta fornecida ou para casos de doenças.

Uma ração seca industrializada, completa e balanceada, com boas fontes de matéria-prima não precisa receber um suplemento vitamínico, mineral e aminoacídico, visto que já é formulada considerando a espécie, fase da vida, idade e porte. Esse alimento já inclui em sua formulação nutrientes necessários para a manutenção da saúde ótima e para alcançar o equilíbrio do organismo.

Já os tutores que optarem por realizar a dieta caseira devem ter mais atenção, porque toda dieta caseira deve ser suplementada para atender as exigências nutricionais dos cães e gatos. É importante ressaltar que existem dois casos em que não há a necessidade de suplementação: se o animal estiver passando por uma dieta caseira de eliminação para descobrir se há alergia alimentar, e se o alimento caseiro for oferecido em até 10% da necessidade nutricional do pet, não sendo necessário suplementar essa quantidade.

Dietas caseiras para manutenção ou coadjuvantes não suplementadas são um risco para a saúde dos pets, pois podem levar a deficiência nutricional. Ao acreditar que está fornecendo uma dieta mais saudável, o tutor pode acabar predispondo o animal ao desenvolvimento de doenças. Para saber mais sobre as vantagens e as desvantagens que a alimentação caseira, clique aqui.

A quantidade de suplemento que deve ser acrescentado na dieta leva em consideração o peso metabólico do pet e o alimento atual consumido, por isso é importante que o animal seja acompanhado por um nutricionista de cães e gatos.

A suplementação de forma exagerada pode provocar intoxicação nos animais, no caso de vitaminas em excesso. A ingestão de cálcio ou fósforo em excesso também pode provocar desordens metabólicas, como má formação óssea e hiperparatireodismo secundário nutricional, respectivamente.

Como já dito, existem no mercado diversos tipos de suplementos, e a escolha de qual utilizar deve ser bastante cautelosa, pois nem todos podem ser utilizados ou suprem a necessidade nutricional, por exemplo, de uma dieta caseira.

Há suplementos que não são minerais, os vitamínicos e aminoacídicos, geralmente utilizados em animais com alguma desordem, por exemplo cães e gatos alérgicos ou com problemas articulares.

No caso de cães e gatos alérgicos temos suplementos com ômega 3 com EPA+ DHA que podem ser incluídos tanto na alimentação com ração como na dieta caseira (tomando cuidado apenas com a relação ácido linoleico e linolênico) para suplementar o aporte desse nutriente, visando melhorar, por exemplo, a inflamação da pele.

Já no caso de animais com problemas articulares, existem nutracêuticos (suplementos com nutrientes capazes de prevenir e tratar doenças) responsáveis por auxiliar na saúde articular, como o sulfato de condroitina e glicosamina, que podem ser utilizados em conjunto com a dieta do animal como um benefício extra.

Pode-se notar que nem todas as dietas ou animais precisam de suplementação. Reforça-se, dessa forma, a importância de consultar um profissional nutricionista pet para receber orientação sobre quando, como e qual suplemento utilizar.