Assim como a qualidade nutricional, a quantidade também interfere no desenvolvimento e manutenção do cão e do gato.

Você sabia que é de extrema importância adequar a quantidade de alimento à fase da vida do seu animal? O manejo nutricional adequado pode retardar e prevenir enfermidades, melhorar a qualidade de vida e promover longevidade. A subnutrição traz diversos malefícios à saúde em decorrência da deficiência de nutrientes, assim como a supernutrição é considerada atualmente o grande problema nutricional para os pets. O consumo de energia maior do que a demanda ocasiona altos índices de obesidade em cães e gatos. Para saber mais sobre esse tema, clique aqui.

Vamos entender como alimentar seu animal de estimação de acordo com a fase da vida em que ele se encontra:

Filhotes

O crescimento é um fenômeno complexo e contínuo, que apresenta elevada demanda nutricional. É importante que a alimentação atenda às necessidades nutricionais, favorecendo o crescimento adequado e saudável, controlando a obesidade e a taxa de crescimento para evitar alterações osteoarticulares.

Justamente por nessa fase da vida o animal estar em constante crescimento, as quantidades de energia e nutrientes provenientes da alimentação são maiores. Porém, deve se tomar cuidado para não oferecer uma demanda de alimento maior do que a exigência nutricional, e consequentemente causar malefícios a saúde.

Para saber a quantidade ideal a ser oferecida para o pet, os versos das embalagens de alimentos industrializados contêm uma tabela de instrução, como mostra o exemplo abaixo:

A tabela mostra a quantidade de alimento que deve ser oferecida em gramas (no mínimo) em duas porções diárias.

Observa-se que a quantidade de alimento a ser ofertada ao animal com 3 meses é diferente de quando o animal está com 10 meses. Conforme o filhote cresce, a demanda nutricional também aumenta, tornando-se estável na fase adulta.

Como o pico de crescimento dos filhotes se dá nos seus primeiros 06 meses de vida, a quantidade de alimento que ele precisa ingerir durante este período aumenta consideravelmente. Após essa fase, o crescimento do filhote vai cessando até atingir a vida adulta, o que explica um animal de 10 a 12 meses se alimentar com uma quantidade menor do que um animal de 06 meses, por exemplo.

Outra forma de calcular a quantidade ideal de alimento a ser oferecido ao pet é através da calculadora da Special Dog Company. Ao acessar o link, você será redirecionado a preencher as seguintes informações sobre seu pet: espécie, raça, fase da vida e qual produto da nossa linha você oferece a ele. Após o preenchimento desses dados, a plataforma automaticamente calculará a quantidade de alimento em gramas a ser oferecida diariamente.

A tabela de recomendações e a calculadora do site podem ser utilizadas para todas as fases da vida. Lembre-se: essas orientações são uma sugestão para animais saudáveis. Qualquer dúvida, procure seu médico-veterinário de confiança. 

Adultos

Assim como na fase de crescimento, a fase adulta também exige quantidades nutricionais adequadas para manutenção do escore corporal ideal, evitando a obesidade. É importante escolher o alimento adequado para o nível de atividade que o animal é exposto. Cães e gatos adultos que vivem dentro de casa necessitam de menor quantidade de alimento quando comparados a pets que vivem soltos, pois estes apresentam maior gasto energético. A desnutrição nessa fase da vida pode ocasionar deficiência das funções vitais, má qualidade de pele e pelos, doenças reprodutivas, entre outras.

Seniores

Um cão ou gato é considerado sênior quando diminui a frequência de atividades físicas, ganha ou perde peso, apresenta declínio da massa muscular e desenvolve outras mudanças físicas e comportamentais relacionadas à idade. O processo de envelhecimento pode ser influenciado pelo porte, genética, ambiente, nutrição e outros fatores.

Devido às alterações fisiológicas do envelhecimento, como a sarcopenia e a redução da capacidade do sistema imune, a nutrição tem papel fundamental em retardar ou reduzir esses efeitos.

Assim como a qualidade do alimento, a quantidade tem grande interferência no bem estar e longevidade do idoso. Para essa fase da vida é importante lembrar que a maioria desses animais são inativos. A avaliação individual e anamnese completa de cada paciente são imprescindíveis, assim como a avaliação rotineira do escore corporal e escore de massa muscular são necessários para os ajustes na dieta.

Gestação e lactação

A necessidade nutricional para fêmeas gestantes e lactantes é maior devido ao desenvolvimento e crescimento dos fetos. A partir do 40º dia de gestação, o crescimento fetal é exponencial. Logo, ela necessitará de maior quantidade de energia a partir do terço final da gestação. Nas gatas prenhas o crescimento do feto acontece desde o início da gestação, por isso a necessidade energética é maior durante o todo período gestacional. Isso justifica a indicação de alimentos para filhotes na dieta de gatas e cadelas gestantes.

O aleitamento representa maior demanda energética. É difícil para a fêmea consumir energia suficiente para atender essa grande demanda. Durante a lactação deve-se oferecer maior quantidade de alimento e maior nível de energia, distribuindo em várias porções diárias. A necessidade de energia necessária durante a gestação e lactação será diferente para cada fêmea, pois o número de filhotes e a fase da lactação (semana) interfere na demanda energética.  Vale lembrar que tanto gatas quanto cadelas devem manter a alimentação para filhotes até o fim da lactação.